Departamento de Segurança Interna
publicou um aviso com recomendação da atualização do sistema operacional para
evitar novo 'desastre'
Desde o WannaCry,
especialistas em segurança digital no mundo estão muito mais atentos a falhas
graves que possam causar uma nova catástrofe tecnológica similar. Agora, o
Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos percebeu uma nova ameaça
potencialmente grave no Windows e emitiu um alerta para empresas e usuários que
utilizem o Windows 10.
A vulnerabilidade foi
chamada de SMBGhost, por residir no SMB (Server Message Block) do sistema
operacional. O recurso existe para permitir a conexão entre arquivos e
dispositivos que se comuniquem por meio de uma rede local, mas uma brecha
permite que este sistema seja explorado para fins malignos.
Por meio de uma
demonstração de um usuário do GitHub, ficou comprovado que, em caso de um
ataque bem-sucedido, um malware poderia se espalhar rapidamente para milhões de
computadores. Isso porque a vulnerabilidade é considerada “wormable”, termo
usado para definir brechas que podem ser alvos de um tipo de ameaça conhecida
como worm, que se replica e se propaga entre sistemas vulneráveis
automaticamente, sem precisar de intervenção humana.
A Microsoft já foi
alertada sobre a falha e lançou as devidas correções para as versões
vulneráveis do sistema. Quem roda as versões 1903 e 1909 do Windows 10 deve
atualizar seus computadores e servidores o quanto antes.
O problema em casos
como esses é que muitas pessoas e empresas costumam ignorar atualizações do
Windows, vistas como um transtorno. Foi o que permitiu o desastre do WannaCry
em 2017; a falha já tinha sido identificada e a correção liberada pela
Microsoft, mas a demora dos clientes em instalá-las permitiu que milhões de
máquinas se mantivessem vulneráveis, permitindo que o malware se propagasse
entre eles em velocidade recorde.
O Departamento de
Segurança Interna dos EUA recomenda a atualização e o bloqueio de portas SMB
com firewall. A Microsoft também aponta que desabilitar a compressão SMB e
bloquear a porta 445 também podem servir como soluções alternativas, mas ainda
recomenda a instalação dos pacotes de segurança para garantir a “imunidade”
contra ataques do tipo, como aponta o site Tech Explore.
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